GEWÜRZTRAMINER

Gewürztraminer ou Gewurz, para os íntimos.

“Se você quer seu vinho todo educado e bem-comportado, você realmente não deveria beber Gewürztraminer.”  Em um tom dramático, parece ser um conselho sensato dado por Oz Clark, critico e escritor britânico. E continua: “A magia de Gewürztraminer só brilha realmente quando seus perfumes suntuosos e exóticos fazem sua cabeça girar.” Se pudermos pensar em um problema, talvez a maior questão com o varietal é ter quase tudo em excesso.

A verdade é que o Gewürz, como é conhecida por muitos, não é um varietal discreto. E quando maduro, é inconfundível por suas exuberantes notas aromáticas, e características como corpo volumoso, alto teor alcoólico e baixa acidez. Então, em que consiste esse perfume fabuloso? São adoráveis notas de rosas recém-colhidas, lichias, frescas ou enlatadas, e toda uma gama de outros aromas – canela ou lilás, flor de laranjeira e casca de frutas cítricas, chá e bergamota e madressilva. 

O jovem Gewürz é uma delícia absoluta para beber sozinho, mas também é excelente com pratos indianos e chineses, ou comidas que levam gengibre ou outras especiarias. A comida do sudeste asiático, com seu uso de capim-limão, coentro e coco, costuma harmonizar perfeitamente com o Gewürztraminer. Patê de pato ou fígado de frango (versões de gewürz secos ou doces), torta de cebola, peixe defumado, ganso assado e queijos curados, ou mesmo queijos azuis também são ótimas pedidas para acompanhar com o vinho. 

Exames recentes de DNA comprovaram que a Gewürztraminer, é a mutação aromática da Savagnin Rose que por sua vez é uma mutação da Savagnin Blanc, a uva ancestral que também é conhecida como Traminer. Essas mutações parecem ter ocorrido na área entre o nordeste da França, e o sudoeste da Alemanha. Em função das qualidades dessa mutação aromática, teoriza-se que a palavra Gewürz, que significa “tempero/especiaria” em alemão, foi adicionada ao nome Traminer para batizar a uva. Aquela descoberta e essa suposição, basicamente desmontam a hipótese de que o varietal haveria surgido na região do Trentino-Alto Ádige, no norte italiano.

Texto desenvolvido a partir dos originais de:

Oz Clarke & Margaret Rand “Grapes & Wines – A comprehensive Guide to Varieties & Flavours

Jancis Robinson – jancisrobinson.com>Learn>Grape-varieties

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